Por Silvana Scórsin
Ontem, 08/06/2021, o Embaixador da República do Azerbaijão, Elkhan Polukhov, reuniu na Embaixada em Brasília, alguns profissionais da imprensa para falar sobre a explosão de uma mina terrestre no Azerbaijão que causou morte de jornalistas.
No encontro, membros do Grupo de Trabalho de Relações Interpalamentares Azerbaijão-Brasil do Paralamento (Mili Majilis) da Republica do Azerbaijão, por vídeo conferencia, relataram o ocorrido na última explosão e a desativação de mais de 35.000 minas terrestres em uma área de 100 milhões de m2, desde a assinatura da Declaração Trilateral em 10 de novembro do ano passado, assim como um apelo ao Brasil e a outros países pela união e força em reunir tecnologia capaz de substituir ações humanas nas desativações das minas, que estão enterradas em mais de 20% do território daquele País, não só colocando em perigo militares e civis, mas inviabilizando o crescimento e a urbanização e moradia de muitos azerbaijaneses.
Por fim, ainda pedem ao Governo da Armênia, pelo mapa das minas, que evitariam muitas e muitas mortes.
De acordo com informações da Procuradoria-Geral da República e do Ministério de Assuntos Internos da República do Azerbaijão, na manhã de 4 de junho de 2021, um veículo que transportava membros da equipe de filmagem foi atingido por uma mina antitanque na estrada em Susuzlug, região de Kalbajar.
Por causa dessa explosão, dois membros da equipe de filmagem, um operador da televisão do Azerbaijão, Siraj Abishov, um correspondente da Agência de Notícias do Estado do Azerbaijão, Maharram Ibrahimov, bem como o representante do poder executivo distrital, Arif Aliyev, foram mortos e quatro pessoas ficaram feridas.
Expressamos nossas mais profundas condolências aos familiares e amigos das vítimas e oramos pela recuperação dos feridos.
O Azerbaijão levanta constantemente, a nível internacional, a questão da instalação deliberada e em grande escala de minas terrestres pela Armênia nos territórios do Azerbaijão, em flagrante violação do direito internacional humanitário, incluindo as Convenções de Genebra de 1949.
Este incidente em Kalbajar mostra, mais uma vez, que as minas nesta área foram implementadas deliberadamente pela Armênia durante a retirada forçada das Forças Armadas do Azerbaijão após as operações de contra-ofensiva. O objetivo é causar o máximo de danos possível ao Azerbaijão e criar obstáculos adicionais para que a população civil retorne às suas casas.
Lembramos que um grupo das forças armadas da Armênia foi detido ao entrar no território do Azerbaijão, indo na direção de Kalbajar, ao cometer provocações com o objetivo de colocar minas terrestres nas estradas da região. Isso confirma, mais uma vez, que a Armênia continua a representar uma grave ameaça à vida e à segurança de militares e civis e, agravando assim a situação na região. Este comportamento da Armênia continua a ser um grande obstáculo para estabelecer o cumprimento da paz, segurança e cooperação na região.
A Armênia tem total responsabilidade das vítimas civis de minas terrestres do Azerbaijão quando estavam apenas desempenhando suas funções de jornalistas.
Convidados a comunidade internacional a não fechar os olhos à violação grosseira da Armênia de suas obrigações internacionais, incluindo a política de plantar deliberadamente minas terrestres, bem como exigir que a Armênia cumpra suas obrigações de acordo com o direito internacional.
O Azerbaijão tomará todas as medidas adequadas, incluindo medidas legais, para garantir a paz e a segurança.
Fonte: Fabiana Ceyhan – Jornalista/Assessoria de Comunicação.
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