Durante cerca de 80 minutos, Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, respondeu a perguntas da imprensa brasileira e falou sobre assuntos vários, como a deportação de 20 mil crianças da Ucrânia para a Rússia, a forma como o Brasil pode ajudar Kiyv a resgatar os pequenos e os desdobramentos da guerra. Yermak não poupou críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva por não ter convidado Zelensky para a cúpula do G-20 , no Brasil. Ao mesmo tempo, disse manter contato permanente com Celso Amorim, assessor especial de Lula para temas internacionais.
Ele defende um papel mais proativo do Brasil no plano para repatriar as crianças ucranianas. Muitas das dificuldades de um processo de perda da cultura e passaram até mesmo por uma alteração da identidade depois de serem exigidas por famílias russas. O chefe de gabinete de Zelensky lembrou que é importante a participação do Brasil na recuperação das crianças e ressaltou que o país exerce papel de liderança regional e de respeito pelos direitos internacionais e pelos direitos humanos. O ucraniano também ressaltou as oportunidades econômicas para o Brasil e seu país.
Yermak criticou o envolvimento do Irã e da Coreia do Norte na guerra e alertou para o perigo da chantagem nuclear imposta por Moscou. Ele garantiu que Zelensky não cederá nenhum dos territórios ocupados à Rússia e apontou os anseios imperialistas do russo Vladimir Putin como uma das causas da guerra, que começou há quase três anos, em fevereiro de 2022. O bate-papo com os jornalistas do Brasil foi aberto. Yermak não se furtou em responder a qualquer questionamento. Ele também depositou a esperança no futuro governo de Donald Trump para pôr fim à guerra.
Leave a Reply