RESUMO DOS DESTAQUES DA SEMANA

13 a 19 de junho de 2020

JUSTIÇA – Advogado de Bolsonaro diz que não escondeu Queiroz e nega ser o ‘Anjo’

Cerimônia de posse do ministro das Comunicações, Fábio Farias, no Palácio do Planalto com a presença de ministros e convidados, entre eles Paulo Guedes, Luis Eduardo Ramos, Braga Neto, Augusto Heleno, Dia Toffoli (STF), João Noronha (STJ) Sérgio Lima/Poder360 17.06.2020

Frederick Wassef nega suposição;Vê ‘armação’ contra presidente;‘Isso foi plantado’, declara.

O advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Frederick Wassef, negou que tenha escondido o policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

Queiroz é investigado por supostamente comandar esquema de ‘rachadinha’ na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e foi preso na última 5ª feira (18.jun.2020) em 1 escritório que pertence a Wassef no interior de São Paulo.

GOVERNO – Weintraub deixa o Ministério da Educação

O ministro da Educação, Abraham Weintraub no Poder 360 Entrevsita. Brasilia 19-08-2019. Foto: Sérgio Lima/PODER 360

Será diretor no Banco Mundial;Teve diversos atritos no cargo;Vídeo: “Chovendo fake news”;Houve erros no Enem de 2019;Polêmicas com universidades

Abraham Weintraub não é mais ministro da Educação. Ele mesmo fez o anúncio nesta 5ª feira (18.jun.2020). Divulgou 1 vídeo nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.

“Sim, dessa vez é verdade. Eu estou saindo do MEC e eu vou começar a transição agora. Nos próximos dias eu passo o bastão ao ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo. Neste momento eu não quero discutir os motivos da minha saída. Não cabe”, afirmou.

Weintraub vai agora ocupar 1 cargo no Banco Mundial. Ele foi o 2º ministro da Educação do governo Bolsonaro. Substituiu Ricardo Vélez Rodríguez em abril do ano passado. Era, até então, secretário-executivo da Casa Civil, então sob o comando de Onyx Lorenzoni (hoje ministro da Cidadania).

CORONAVÍRUS – Brasil ultrapassa 1 milhão de infectados pelo coronavírus

Total é de 1.032.913 casos.País chega a 48.954 mortes.

O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. De acordo com os dados informados às 18h40 desta 6ª feira (19.jun.2020) pelo Ministério da Saúde, o total de casos chegou a 1.032.913 no país. Foram 54.771 novos pacientes notificados em 24 horas –maior número informado pela pasta num intervalo tão curto de tempo.

O país teve 1.206 novas mortes por covid-19. Com isso, já são 48.954 vítimas da doença no Brasil.

Das pessoas infectadas, 507.200 já se recuperaram, de acordo com o Ministério da Saúde. Outras 476.759 estão em acompanhamento.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que o aumento no número de casos registrados de 5ª para 6ª feira se deu, “em parte, devido a uma instabilidade na rotina de exportação dos dados relatados, principalmente, pelos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo na última 5ª feira (18.jun)“. “Juntos, estes Estados representaram 1 incremento de 27.436 casos novos em relação ao dia anterior”, informou a pasta.

GOVERNO – Militares da ativa ocupam 2.930 cargos nos Três Poderes

92,6% estão no Executivo; 7,2% estão no Judiciário;0,03% estão no Legislativo; Marinha deixa postos no governo.

Presidente Jair Bolsonaro participa da cerimonia do Dia do Soldado (25/08) ao lado do Vice-presidente Hamilto Mourão, Sérgio Moro, no QG do Exércio. Brasilia, 23/08/2019. Ricardo SallesFoto: Sérgio Lima/PODER 360

Em fevereiro, o Drive Premium –newsletter exclusiva para assinantes produzida pela equipe do Poder360– contou 2.897 militares da ativa no Executivo. O levantamento de 3ª feira (16.jun.2020) mostrou pequeno recuo no total de militares do Exército (-3,45%) no governo em relação a 28 de fevereiro. A participação da Aeronáutica aumentou (8,68%).

Em fevereiro deste ano, eram 680 no governo. Caiu para 500 (-26,47%). Segundo apurou o Drive, a orientação da Marinha é que o pessoal exerça funções ligadas à atividade-fim. Cargos no Executivo, só de natureza militar.

No Executivo, 480 militares da Aeronáutica estão lotados no Ministério da Defesa, chefiado pelo general Azevedo e Silva. Na pasta ainda há 395 integrantes da Marinha e outros 367 do Exército. No GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a grande maioria (904) é do Exército. Outros 139 são da Aeronáutica e 395, da Marinha. Nos demais cargos da Esplanada, como Ministério da Saúde, por exemplo, há outros 332 militares.

O número de militares que integram a equipe de Bolsonaro vem crescendo desde sua posse, em janeiro de 2019. Em 22 de maio deste ano, em entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente disse que o rol de militares na pasta ainda vai crescer. “Está dando certo, está mudando muita gente lá. ‘Ah, está enchendo de militar’. Vai botar mais militares, sim. Com civis não deu certo. E ponto final.”

CORONAVÍRUS – Mortes por covid-19 disparam e ministros somem das entrevistas

Interino privilegia congressistas; Planalto blindou 1º escalão; Entenda tudo em infográficos.

A curva de mortes por covid-19 acelerou nas últimas semanas no Brasil. Foram quase 30.000 óbitos nos últimos 30 dias. Nesse mesmo período os ministros de Estado quase desapareceram das entrevistas diárias do governo sobre a pandemia.

É uma atitude diferente do que se vê em alguns outros países, nos quais os governantes ficaram diariamente na TV nos momentos mais dramáticos do surto do novo coronavírus.

Nos EUA, tanto presidente Donald Trump como governadores de Estados mais afetados, como Andrew Cuomo em Nova York, participaram de inúmeras entrevistas à imprensa para dizer o que se passava e quais providências eram tomadas. No Brasil, no Estado de São Paulo (o mais impactado), o governador João Doria (PSDB) adota a mesma estratégia.

No governo federal, as entrevistas passaram a ser com representantes de 2º ou 3º escalão. O atual ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, participava desses eventos enquanto era secretário-executivo do Ministério da Saúde, mas não fala à mídia nesses encontros desde que assumiu a pasta, em 16 de maio.

GOVERNO – Fábio Faria assume Comunicações e fala em amor e armísticio patriótico

Quer uma espécie de “gabinete do amor”;Carlos Bolsonaro acompanhou cerimônia; Ministro fez elogio a jornais e a internet; Evento lembra Sérgio Motta em 1995; Toffoli e Maia estivem na cerimônia; Abraham Weintraub não compareceu.

Com discurso apaziguador, o novo ministro das Comunicações, Fábio Fária, tomou posse na manhã desta 4ª feira (17.jun.2020) numa cerimônia realizada no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.

O deputado eleito pelo PSD, ao tomar posse, falou em “armistício patriótico”. Elogiou jornais e internet (“símbolo da liberdade de expressão) e terminou assim: “Permanecem agora 3 coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém, o maior deles é o amor. Que o amor pelo Brasil possa nos unir como brasileiros”, disse.

O discurso faz uma contraposição ao chamado “gabinete do ódio”, que teria assessores palacianos atando adversários políticos de Bolsonaro.

O filho 02 do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), assistiu ao discurso no mezanino do Planalto. Ele é responsável por idealizar a estratégia de redes sociais do presidente.

GOVERNO – Centrão mira cargos no Ministério da Agricultura 

Brasília – Foto da Faixada do Ministerio da Agricultura (Valter Campanato/Agência Brasil)

Quer nomeações de 2º e 3º escalão.Tereza tem apoio da bancada do agro.

Com a posse do deputado Fábio Faria (PSD-RN) como ministro das Comunicações, abre-se 1 precedente de nomeações políticas para o 1º escalão do governo. O Ministério da Agricultura é 1 dos alvos do Centrão, sindicato de partidos sem cor ideológica.

O governo tem buscado satisfazer as indicações desses partidos para facilitar a aprovação de projetos de interesse do Planalto e também para reduzir as chances de abertura de 1 eventual pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Não há possibilidade hoje de substituição da ministra Tereza Cristina para satisfazer a esse novo arranjo. Mas outros cargos na pasta, de 2º e 3º escalões, estão na mira.

Bolsonaro gosta da ministra. Acha que ela cuida bem da área e é discreta. Também é a opinião da bancada do agronegócio, metade da Câmara, que a indicou ao cargo.

Uma das dificuldades da ministra é ter de defender a China, atacada por Weintraub e Ernesto Araújo. Ela tem dito em conversas reservadas que está cansada. Mas não há indicações de que pretenda sair já. Se deixar o cargo, será depois de combinar com a bancada do agro, para que possam indicar o substituto.

Dos principais cargos do ministério hoje, 3, além da ministra, são políticos, 2 são escolhidos por Bolsonaro e 4, técnicos. Alguns desses nomes poderiam ser substituídos.

Com informações do poder360

Be the first to comment

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*