Boa noite. Aqui estão as notícias para você terminar o dia bem-informado, destacados pelo jornalista Milton Atanazio, direto de Brasília
n o t í c i a s
Um ano depois de a OMS declarar pandemia de Covid-19, a Fiocruz afirma que Brasil vive o pior momento da crise sanitária, com 10,3% das mortes registradas no mundo pela doença. Mais 2.207 pessoas morrem no país nas últimas 24 horas, totalizando 273.124 óbitos. São Paulo tem 53 cidades com 100% de ocupação de leitos de UTI, e o estado impõe medidas mais rígidas para tentar conter o avanço da doença. Já o ministro Eduardo Pazuello diz que o sistema de saúde brasileiro “não colapsou, nem vai colapsar”.
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Avanço da Covid
Parentes choram, enquanto mais uma vítima da Covid-19 é enterrada em São Paulo — Foto: Andre Penner/AP Photo
O Brasil registrou 2.207 vítimas por Covid doença em 24 horas, totalizando 273.124 óbitos. A média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.705, novamente um recorde. Em casos confirmados, são 11.284.269 infectados. Vinte e dois estados estão com alta nos óbitos; veja a situação na sua região.
Segundo a Fiocruz, o Brasil vive o pior momento da pandemia, com 10,3% das mortes registradas no mundo por Covid, sendo que o país tem apenas 3% da população global.
Medidas mais rígidas
O governo de São Paulo suspendeu a liberação para realização de cultos, missas e outras atividades religiosas coletivas, além de todos os eventos esportivos, como jogos de futebol, e instituiu toque de recolher das 20h às 5h. As medidas mais rígidas da fase vermelha da quarentena passam a valer a partir de 15 de março e devem permanecer até o dia 30.
Na educação, o governo recomendou que a prioridade seja para o ensino remoto, mas manteve a autorização para as escolas municipais e particulares operarem com 35% da capacidade. Já na rede pública estadual, as unidades ficarão abertas apenas para oferta de merenda e distribuição de material.
‘Estado de sítio’
Nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro chamou de “estado de sítio” o toque de recolher de 22h às 5h no Distrito Federal e disse que só ele poderia adotar esta medida. Especialistas em direito ouvidos pelo G1 afirmam que o presidente se “equivocou” ao fazer a afirmação. Bolsonaro criticou as medidas que restringem a circulação de pessoas para conter a disseminação do coronavírus.
Um ano de pandemia
Há um ano, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarava pandemia de Covid-19, após a doença se espalhar por todo o planeta. O G1 reuniu dados e preparou oito gráficos que apontam o efeito de medidas como o isolamento social, a vacinação em massa e a testagem com rastreamento, sobre as curvas de casos e mortes por Covid em diversos locais. Especialistas explicam o impacto dessas medidas que podem frear o vírus e o porquê de o Brasil pecar na execução delas. Confira.
Vacinação no Brasil
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o sistema de saúde brasileiro “não colapsou, nem vai colapsar”. A fala do ministro se opõe às declarações feitas por autoridades municipais e estaduais e aos dados de internações no país.
Pazuello ainda reduziu, pela 5ª vez, as previsões de doses de vacinas contra a Covid-19 a serem entregues no mês de março. Agora, afirma que o Brasil receberá de 22 a 25 milhões de doses, “podendo chegar a 38 milhões”. A quantidade é menor do que a última previsão divulgada pelo Ministério da Saúde, no dia 6 de março, de 30 milhões de doses.
União Europeia
Vacina contra a Covid-19 — Foto: Johnson & Johnson via AP
A União Europeia autorizou a vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, a primeira que exige uma única dose. Estados Unidos, Canadá e Bahrein também já aprovaram o imunizante. Essa é a 4ª vacina liberada pelo bloco, depois das da Pfizer e BioNTech, AstraZeneca e Universidade de Oxford e Moderna. A autorização é condicional, pois permite a aplicação por apenas um ano, já que não há todos os dados sobre eficiência e efeitos colaterais que geralmente são avaliados em um processo de liberação de remédio.
Atribuição na crise
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, discutiram em uma rede social sobre uma decisão da Corte a respeito das atribuições dos governos federal, estaduais e municipais no combate à pandemia do novo coronavírus. Chanceler do governo do presidente Jair Bolsonaro, Araújo publicou uma mensagem em que critica reportagem de uma rede de TV dos EUA sobre a situação do Brasil. “A CNN entendeu tudo errado sobre Brasil e Covid”, disse o ministro, que, em seguida, afirmou:
“Depois de decisão da Suprema Corte de abril de 2020, governadores — não o presidente — têm, na prática, toda a autoridade para estabelecer e administrar todas as medidas de distanciamento social.”
Em resposta ao ministro, Gilmar Mendes disse que a afirmação feita por Araújo sobre a decisão do STF era uma fake news (assista ao vídeo acima).
PEC Emergencial
Por 366 votos a favor, 127 contra e três abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que viabiliza a retomada do auxílio emergencial e prevê mecanismos para evitar o descontrole dos gastos públicos, a chamada PEC Emergencial. O presidente Jair Bolsonaro considerou a aprovação da PEC uma “vitória”, mesmo com mudanças no texto. Agora, para concluir a votação, os deputados ainda precisam analisar os destaques.
Escalada dos preços
— Foto: Marcelo Brandt/G1
0,86% foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro, considerado a inflação oficial do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a taxa mais alta para o mês desde 2016, quando ficou em 0,9%. Em 12 meses, o índice foi a 5,20%, a maior variação desde janeiro de 2017. A principal influência de alta veio da gasolina, que subiu 7,11% no período: o item foi responsável por 42% da inflação de fevereiro, segundo o IBGE.
Deputado preso
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou o pedido de liberdade do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Moraes afirmou que só vai reavaliar a situação da prisão do parlamentar após o STF julgar se recebe ou não a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Silveira foi preso em fevereiro depois de divulgar um vídeo em que defende o AI-5 — o instrumento mais duro da ditadura militar — e a destituição dos ministros da Corte, o que é inconstitucional.
Estados Unidos
O presidente americano Joe Biden assinou o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para medidas de auxílio contra a crise causada pela pandemia da Covid-19. O primeiro plano de resgate da gestão Biden dará uma ajuda imediata aos americanos. As pessoas que ganham menos de US$ 75 mil por ano receberão em breve cheques de US$ 1,4 mil. O pacote é o terceiro aprovado pelo país desde o início da pandemia. Ao todo, já foram gastos US$ 5 trilhões em programas de ajuda econômica, valor equivalente a cerca de 25% do PIB americano.
Crise migratória
Haitianos deixam Brasil em direção aos EUA atraídos por fake news de fronteira aberta por Biden — Foto: João Chavez/Defensor Público Federal/Via BBC
Movidos por uma insatisfação com a crise econômica brasileira e atraídos por uma fake news de que, sob a gestão de Joe Biden, as fronteiras dos Estados Unidos estariam abertas para eles — especialmente para mulheres grávidas ou com bebês de colo —, haitianos vêm se lançando em uma longa e perigosa jornada de partida do Brasil rumo aos EUA. A detenção na fronteira americana mais que triplicou em janeiro de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020. Veja relatos de migrantes.
Família real britânica
Durante visita a uma escola em Londres, o príncipe William disse que a família real britânica não é racista. Foi uma reação à entrevista de seu irmão, o príncipe Harry, e da mulher dele, Meghan Markle, à apresentadora Oprah Winfrey. Meghan afirmou que uma pessoa da família real fez comentários sobre o “quão escura” seria a pele de Archie, o filho do casal. William afirmou ainda que não conversou com Harry desde a transmissão da entrevista, mas que pretende conversar.
A Boa do Dia 🏠
Uma mãe que dividia a casa sem banheiro com os filhos vai ganhar, após uma reportagem do G1, uma reforma no local durante a pandemia. Fernanda Moreira da Silva, o companheiro e seis de seus oito filhos vivem em um pequeno barracão, na favela do Taquaril, em Belo Horizonte. Lá, dividem um só cômodo, que mistura quarto, sala e cozinha — sem lavabo. Mas um grupo de voluntários vai transformar a casa da família. Serão dois quartos, uma cozinha, sala e, finalmente, um banheiro. Leia mais.
O Assunto 🎧
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