Quarta-feira, 4 de agosto – Destaques do dia

Bom dia! Veja o que você precisa saber para começar o dia bem informado, destacados pelo jornalista Milton Atanazio, direto de Brasília .


Bom dia. CPI da Covid ouve Marcelo Blanco sobre jantar com pedido de propina. Comissão da Câmara convoca Braga Netto por ameaça às eleições. Tomás Covas reage à fala de Bolsonaro sobre o pai Bruno Covas. O ouro de Ana Marcela na natação, e o vôlei feminino persegue mais uma medalha para o Brasil. Os crimes na fronteira entre Brasil e Paraguai, e as acusações de assédio a Andrew Cuomo, governador de NY.

Destaque Internacional – SÉRVIA

Dia da memória do sofrimento do povo sérvio na ação “Tempestade” do exército Croata – 4 de agosto

 Milton Atanazio 

Por Fabiana Ceyhan -3 de agosto de 2021

No dia 4 de agosto, a Sérvia marca o Dia do Sofrimento de seu povo na ação do exército croata “Tempestade”. Naquela data, no ano de 1995, as Forças Armadas Croatas, com a aprovação e apoio da OTAN, em cooperação com o Conselho de Defesa Croata (HVO) e o Exército da Bósnia-Herzegovina (ABiH), atacaram o norte da Dalmácia, as regiões de Lika, Kordun e Banija, e a Região Autônoma Sérvia de Krajina, como parte da então República da Krajina Sérvia. A agressão foi realizada apesar do fato da área estar sob a proteção da ONU, e de os representantes da República da Krajina Sérvia, no dia anterior em Genebra e Belgrado, aceitarem a proposta da Comunidade Internacional de uma solução pacífica para o conflito.

Contra os sérvios da Krajina (cerca de 230.000 habitantes, dos quais aproximadamente 30.000 soldados), foram engajados cerca de 200.000 soldados, dos quais 138.500 membros do Exército da Croácia, Ministério do Interior e HVO, participaram diretamente na operação. Em poucos dias de luta desigual, a resistência do Exército Sérvio de Krajina (SVK) foi quebrada. O povo de Krajina ocidental, mais de 220.000 deles, parte para o leste, em direção à Republika Srpska (BiH) e Sérvia.

Desde 2014, a Sérvia e a Republika Srpska marcam, em conjunto, os dias do sofrimento do povo sérvio na Segunda Guerra Mundial e na operação militar croata “Tempestade”. Marcamos o dia da “Tempestade”, que é comemorado na Croácia como o grande Dia da Vitoria, como o Dia da Memória das vítimas e sérvios expulsos da ação armada “Tempestade”.

Atualmente, 1.852 pessoas estão na lista de sérvios mortos e desaparecidos na “Tempestade” (fonte: Veritas). Por gênero: homens 71%, mulheres 29%. Por status: civis 1.200 (65%); soldados 641 (35%); policiais 11. Por idade: até 18 anos – 9; de 18 a 60 anos – 884 (48%); acima de 60 anos – 908 (49%); idade desconhecida – 51 (3%)

Os danos materiais causados pela “Tempestade” são incalculáveis: foram destruidos 13.000 edifícios, 352 comércios, 25.000 casas, 410 lojas, 78 igrejas, 96 museus, 181 cemitérios, 920 monumentos, 52 centros de saúde, todas as instalações industriais…

EQUILÍBRIO DEMOGRÁFICO DA “TEMPESTADE”

De acordo com o censo de 1991, havia 581.663 sérvios vivendo na República da Croácia (12,2% da população total), enquanto em 2011 ele mostrou que havia 186.633 (4,36% da população total). Após a guerra civil e o êxodo em massa do povo sérvio, o número de sérvios caiu por 2/3. Hoje os sérvios vivem na Croácia em grande número em áreas que não foram afetadas pela Operação Tempestade.

MENSAGENS POLÍTICAS

Hoje, quase ninguém na Europa e no mundo fala sobre genocídio contra o povo sérvio no território da criação nazista do Estado Independente da Croácia na Segunda Guerra Mundial, e a história de terror sobre o campo de concentração de Jasenovac é envolta em silêncio. Os crimes contra o povo sérvio no final do século 20 não podem ser vistos fora do contexto dos crimes e genocídios do período da Segunda Guerra Mundial.

A Sérvia e a Republika Srpska lutarão resolutamente contra o silêncio sobre as vítimas sérvias.

Queremos reconciliação e paz, mas não concordamos com a humilhação ou o silêncio. Nunca forçamos ninguém a admitir o genocídio, mas apenas para mostrar desprezo pelas vítimas sérvias, e não para comemorar sobre os túmulos de nossos compatriotas.

A Sérvia e a Republika Srpska nunca celebrarão a tragédia do povo sérvio, o assassinato de civis e crianças sérvias.

Nunca mais haverá uma “Tempestade” contra o povo sérvio, porque a Sérvia não vai permitir. A Sérvia não se vangloria de sua força, mas é forte o suficiente para nunca mais permitir um massacre contra o seu povo.

A “Tempestade” é um dos maiores crimes de limpeza étnica no mundo após a Segunda Guerra Mundial, com mais de 220.000 expulsos.

A Sérvia nunca pedirá novos conflitos, porque quer se desenvolver em cooperação com todos na região, mas é obrigada a lembrar e a não se calar. A paz é mais importante para o povo sérvio, e é por isso que a Sérvia faz tudo para não responder às numerosas e frequentes mensagens provocativas da região.

A Sérvia e a Republika Srpska têm um interesse vital em fazer parte da comunidade internacional e nunca devem ser isoladas novamente.

Não houve justiça nas relações internacionais por muito tempo e o discurso é muitas vezes um princípio nas relações internacionais hoje, razão pela qual o aspecto criminoso da “Tempestade” é sistematicamente negligenciado por parte do público internacional (especialmente do Ocidente).

Ninguém da liderança militar e política croata foi responsabilizado perante o Tribunal de Haia pela expulsão de quase um quarto de milhão de sérvios (que é o número total dos expulsos nas ações do exército) e pelo assassinato de um grande número de civis e prisioneiros. Na acusação de Haia contra os generais croatas Ante Gotovina, Ivan Cermak e Mladen Markac, a “Tempestade” foi caracterizada como uma empresa criminosa conjunta que visa a expulsão permanente e baseada em princípios da maioria dos sérvios da antiga República da Krajina Sérvia. Nenhum deles foi condenado e os três foram absolvidos (Gotovina e Markac foram condenados em primeira instância, mas absolvidos pela Câmara de Recursos).

A presença de representantes da comunidade internacional e do corpo diplomático nas “comemorações” croatas do Dia da Operação “Tempestade” é incompreensível, porque os presentes participam efetivamente na celebração do Dia da Limpeza Étnica.

Os sérvios que permaneceram na Croácia ainda são frequentemente tratados como seres de ordem inferior (lhes é negado o direito à língua, à cultura, ao progresso econômico e à uma vida digna).

POSIÇÃO ATUAL DOS SÉRVIOS NA CROÁCIA

Embora a Croácia tenha um quadro jurídico satisfatório para as minorias, na prática existem numerosos obstáculos ao exercício dos direitos garantidos constitucional e juridicamente. Observamos que casos de discurso de ódio, revisionismo histórico, discriminação contra o povo sérvio e violência física e danos à propriedade que afetam diretamente a sustentabilidade econômica, especialmente em ambientes de repatriados, na prática contribuem continuamente para a ameaça ao direito à liberdade de expressão como um dos princípios básicos da minoria.

Questões abertas permanecem: direitos adquiridos não cumpridos (moradia, pensão em moeda estrangeira, aposentadorias, propriedade), (in)sustentabilidade econômica: os sérvios em áreas rurais enfrentam falta de infraestrutura básica (eletricidade, rede de estradas, abastecimento de água); a discriminação no emprego está presente em todos os níveis, sendo particularmente significativa a sub-representação dos sérvios empregados nos órgãos da administração estatal, no judiciário e na polícia; são constantes os obstáculos à aplicação do direito ao uso oficial da língua e da escrita, especialmente em áreas onde está presente o maior número de sérvios.

Fonte: Embaixada da Servia no Brasil

CPI

A CPI da Covid ouve hoje o coronel Marcelo Blanco, que foi substituto de Roberto Dias na pasta de Logística do Ministério da Saúde. Ele estaria presente no jantar em que Dias teria pedido a propina de US$ 1 por dose, segundo o depoimento de Luiz Paulo Dominghetti. Após a denúncia de Dominghetti, o militar perdeu a função de substituto no órgão.

Blanco presta depoimento no lugar de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, a empresa que intermediou a aquisição de doses da Covaxin. O empresário viajou para a Índia em 25 de julho.

E ontem…

VÍDEO: 'Tenho culpa, sim, e peço desculpa ao Brasil', diz Reverendo Amilton ao se emocionar na CPI
VÍDEO: ‘Tenho culpa, sim, e peço desculpa ao Brasil’, diz Reverendo Amilton ao se emocionar na CPI
https://g1.globo.com/politica/video/video-tenho-culpa-sim-e-peco-desculpa-ao-brasil-diz-reverendo-amilton-ao-se-emocionar-na-cpi-9738292.ghtml

A comissão reabriu os trabalhos com o depoimento de Amilton Gomes de Paula, o reverendo que negociou venda de 400 milhões de doses de vacina Astrazeneca para o governo. Em sete horas diante dos senadores, ele chorou e pediu desculpas ao Brasil, mas não conseguiu explicar como conseguiu se reunir com o Ministério da Saúde (veja acima.) Em determinado momento, os senadores o chamaram de ‘estelionatário’ e classificaram o depoimento como ‘conversa fiada’.

Amilton Gomes é fundador de uma entidade privada chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah). O reverendo é considerado uma peça-chave na investigação da CPI, que tenta esclarecer como o governo negociou a aquisição de imunizantes por meio de intermediários.

Questionado mais de 20 vezes pelos senadores, o reverendo disse não se lembrar de reuniões, mensagens e fotos do primeiro semestre deste ano, e falou em uma “doação” da Davati à empresa caso o negócio fosse fechado.

Tomás Covas rebate Bolsonaro

O filho de Bruno Covas chamou de “desumana'” a fala de Jair Bolsonaro sobre o pai. O presidente se referiu ao pai de Tomás Covas como “o outro que morreu” e criticou o episódio em que o então prefeito de São Paulo levou o filho para assistir ao jogo do Palmeiras e Santos no Maracanã. Na época, o tucano enfrentava a reincidência do câncer, e morreu meses depois.

Braga Netto

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara aprovouum requerimento para convocar o ministro da Defesa, Braga Netto, para esclarecer uma suposta ameaça às eleições de 2022. O ministro negou que tenha feito a ameaça.

Em 8 de julho, Braga Netto teria enviado um recado a Arthur Lira, presidente da Câmara, dizendo que não haveria eleições em 2022 caso não fosse aprovado o voto impresso e “auditável”, segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”. O ministro negou ter feito a ameaça. O voto impresso é uma das principais causas defendidas por Jair Bolsonaro, que é investigado pelo TSE pelos ataques à legitimidade das urnas.

O Assunto desta quarta-feira é sobre Bolsonaro enquadrado pelo TSEOUÇA o podcast:

Mais um ouro para o Brasil

A nadadora Ana Marcela levou o primeiro lugar na maratona aquática de 10 km em Tóquio. A baiana de 29 anos cravou 1h59min30s e, ao sair da água e tirar a touca, exibiu os cabelos pintados de verde e amarelo. É mais um ouro para o Brasil, que já garantiu 6 pódios e se encaminha para o recorde de medalhas.

A seleção brasileira feminina de vôlei entra em quadra contra as russas, nesta manhã, em jogo que vale vaga na semifinal. 

Crimes na fronteira

Em sete meses, 87 pessoas foram executadas na fronteira do Brasil com o Paraguai. Fuzilamento, esquartejamento ou outras mortes violentas não são incomuns na região: para cada vítima, a média é de 30 tiros. Os casos ganharam destaque recentemente com os assassinatos do casal Mateo Martínez e Anabel Centurion, além do adolescente Jorge Vidallet. Um bilhete assinado por um grupo chamado “Justiceiros da Fronteira” foi deixado no local, dizendo que “não serão mais aceitos roubos na região”.

Andrew Cuomo é acusado de assédio

Uma investigação da procuradoria-geral do estado de Nova York apontou que o governador Andrew Cuomo cometeu assédio contra funcionárias do gabinete. Pelo menos duas ex-funcionárias o acusam de tocá-las sem consentimento e fazer comentários ofensivos. O presidente Joe Biden, antigo aliado de Cuomo, disse que o governador deveria renunciar ao cargo.

Boi wagyu

Já provou a carne mais cara do mundo? Ela vem do Japão e você pode saber tudo sobre ela nesta reportagem. No Brasil, preço médio do quilo é R$ 600, mas pode ultrapassar R$ 1.000. Seu diferencial é a maciez, que é explicada pela genética do boi, associada a uma alimentação rica em amido. O boi japonês também ficou famoso por conta das “mordomias” que recebia, como beber cerveja e receber massagem. Mas esse tratamento já não é mais comum na maioria das fazendas.

Mega-Sena

O concurso 2.396 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 46 milhões para quem acertar as seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h, na cidade de São Paulo.

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