Elkhan Polukhov reune imprensa na embaixada do Azerbaijão e esclarece o conflito Azerbaijão x Armênia

Elkhan Polukhov

Coletiva de imprensa na embaixada do Azerbaijão esclarece o  conflito Azerbaijão x Armênia

Por Milton Atanazio

Elkhan Polukhov é embaixador do Azerbaijão no Brasil desde 31/01/17 e reuniu em 08 de outubro, na sede da embaixada em Brasília, jornalistas da imprensa nacional e internacional, para esclarecer todo o contexto do conflito da região de Nagorno-Karabakh, que pertence ao Azerbaijão e da possibilidade de ser iniciada uma guerra declarada entre a Armênia e Azerbaijão.

A fronteira entre a República do Azerbaijão e a Armênia tornou-se o centro das atenções mundiais mais uma vez, quando a violência explodiu lá em meados de julho. Desta vez, ocorreram violentos confrontos na região estrategicamente importante de Tovuz, no Azerbaijão, localizada ao norte do país, longe de Nagorno-Karabakh, território azerbaijano ocupado pelos armênios, situado ao sul.

O ataque militar armênio aconteceu na região onde infraestruturas importantes de energia e transporte do Azerbaijão estão em funcionamento, ameaçando, assim, suprimentos de recursos energéticos.

O conflito resultou em 12 mortes, incluindo 11 soldados e um civil azerbaijanos. Continua-se, assim, a agressão armênia o Azerbaijão, iniciado desde o colapso da União Soviética e que já deixou 20% das terras azerbaijanas sob ocupação armênia, levando a uma limpeza étnica em todo esse território.

O embaixador Polukhov explanou todo o contexto, exclarecendo que estava tudo dentro da normalidade e uma situação de alerta devido a pandemia da COVID- 19, quando o terrítorio do Azerbaijão começou a ser atacado pelos Armenos , que inclusive ignoraram a pandemia mundial para iniciar o conflito.

Perguntamos o motivo que levaria a Armênia, que já lidava com grandes problemas econômicos, a atacar seu vizinho. Toda a análise mostra que o governo armênio pretendia bloquear tentativas de resolver o conflito com o Azerbaijão para desviar a atenção do tumulto econômico e político interno. Outro objetivo está por trás dessa ação – criar pretexto para uma possível intervenção da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), da qual a Armênia é membro.

A hostilidade nas montanhas do Cáucaso permanece sem solução por mais de três décadas, com batalhas periódicas. Com uso de armamento pesado, é a escalada mais séria dos últimos anos.

A localidade em questão, se chama Nagorno-Karabakh e Trata-se de uma região autônoma dentro da república do Azerbaijão, internacionalmente reconhecida pela ONU como parte do Azerbaijão.

Os moradores desse território são muçulmanos de etnia Turca e Armenios de origem cristã.

Rua atingida por míssil em Gandja, cidade do Azerbaijão perto de Nagorno-Karabakh, em 8 de outubro de 2020.

POSICIONAMENTO DO AZERBAIJÃO SOBRE AS INVASÕES DE SEU TERRITÓRIO

  • Reafirma o respeito e apoio contínuos à soberania e integridade territorial da República do Azerbaijão dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas
  • Exige a retirada imediata, completa e incondicional de todas as forças arménias de todos os territórios ocupados da República do Azerbaijão;
  • Reafirma o direito inalienável da população expulsa dos territórios ocupados da República do Azerbaijão a regressar às suas casas e sublinha a necessidade de criar as condições adequadas para esse retorno, incluindo a reabilitação integral dos territórios afetados pelo conflito;
  • O país pode se defender de um ataque à soberania de terras;
  • O Azerbaijão está libertando sua própria terra e nenhum míssil foi lançado fora do Azerbaijão – pois o objetivo não é contra nenhum país soberano do mundo;
  • 800.000 azerbaijaneses aguardando o direito de voltar para casa em Nagorno-Karabakh, mais de 33.000 armênios vivem no Azerbaijão – eles vivem livremente no Azerbaijão como cidadãos do Azerbaijão, mas nenhum azerbaijanes vive nos territórios ocupados ou na própria Armênia;

TURQUIA

O Brasil e a comunidade internacional devem nomear abertamente o agressor e apoiar a ordem internacional, caso contrário, a tentativa de legalizar a ocupação de fato abrirá uma caixa de Pandora em muitos lugares do mundo. “

Autoridade Turca– posição da Turquia.

“Nenhuma medida concreta foi tomada para acabar com a ocupação Armênia de 28 anos do Alto Karabakh e das regiões vizinhas. As crescentes provocações Armênias e seus ataques ao território do Azerbaijão abusaram da paciência do Azerbaijão e deixaram-no usar seu direito de defesa legítimo estabelecido no direito internacional. O Alto Karabakh é um território do Azerbaijão ”, concluiu Oktay, que esclareceu que a Turquia fica ao lado do Azerbaijão, a verdadeira vítima da ocupação.

BRASIL

Hoje, o Azerbaijão e o Brasil matem fortes e amigáveis laços em várias áreas das relações bilaterais e multilaterais. Nos últimos anos, foram realizadas visitas de alto nível pelas autoridades parlamentares de ambos países, seguidas pela intensificação das relações políticas, econômicas, esportivas, culturais e muitas outras esferas. Há Grupos de Amizade interparlamentares no Senado e no Congresso, bem como no Parlamento do Azerbaijão- Milli Mejlis.

Desde a abertura em 2012, a Embaixada do Azerbaijão no Brasil, em cooperação com órgãos estaduais brasileiros, realizou vários projetos culturais e humanitários em diferentes estados do Brasil. No âmbito cultural foi realizado uma Exposição de Fotos de Tapetes do Azerbaijão em São Paulo e no âmbito humanitário foi doado cestas básicas a população carente e vulnerável da Distrito Federal e Minas Gerais por causa da pandemia do COVID-19.

Fotos e Colaboração da jornalista Fabiana Ceihan do Brasília in Foco

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