Culinária argelina é degustada por jornalistas brasileiros

Por Milton Atanazio

Cercado por um seleto grupo de jornalistas convidados, o embaixador Toufik Dahmani e a embaixatriz Sra. Khedidja Dahmani abriram as portas da residência oficial, em calorosa recepção, na noite do dia 22 de janeiro, para apresentar a culinária argelina ao grupo visitante.

Os jornalistas Rodrigo Craveiro do Correio Brasiliense e Milton Atanazio da Revista VOX e Foco na Política ( Ao centro a embaixatriz Khedidja Dahmani e o embaixador Toufik Dahmani )

O jantar, organizado pela jornalista Fabiana Ceyhan, responsável servidospela assessoria e comunicação do evento, contou com pratos exclusivos do país, especialmente preparados para a ocasião.

Diferentes pratos, chás, doces e vinhos foram servidos aos convidados, que tiveram a oportunidade de degustar e conhecer em detalhes a comida pratos servidos. O embaixador Dahmani pessoalmente fez questão de expor, falando de cada prato, demonstrando sua afinidade com a gastronomia.

Culinária da Argélia

Como parte da culinária do Magreb, que têm em sua parte mais setentrional características típicas da cozinha mediterrânea, tem parte das culinárias africanas. Possui algumas influências da cozinha turca (com exceção da gastronomia marroquina) devido à expansão do Império Otomano e por isso se podem ver as dolmas e os baklavas em muitas de suas regiões.

É uma mistura de tradições berberes, árabes, francesas e judaicas. A base da alimentação é o trigo, seja na forma de cuscuz, de pão achatado (pão-folha, como o pita) ou outros, com nomes como khobz edddar, khobz ettadjine, khobz el koucha, kesra rakhsis, kesra matlouh, kesra m’bessa, aghroume, akourane, em que khobz é a palavra árabe para pão. Para além do pão, os argelinos também comem o trigo na forma de doces à base de semolina ou de massa-folhada, aliás esta usada também para pratos de carne, como a famosa pastilla.

No entanto, o grão-de-bico entra na composição de muitas sopas, normalmente chamadas chorba (mas também grafado shorba) e guisados como harira; para além destes ingredientes básicos, os pratos argelinos incluem quase sempre muitos vegetais, com ênfase no tomate, carnes, principalmente carneiro e galinha, mas também de camelo, e peixe, na zona costeira. Outros vegetais típicos do Mediterrâneo, como o pimento, a fava, a abobrinha, as azeitonas e as frutas cítricas são também frequentes na cozinha argelina. As refeições na Argélia são quase sempre terminadas com uma sobremesa, tâmaras ou fruta fresca.

Os condimentos fortes estão quase sempre presentes na cozinha argelina, como o açafrão (verdadeiro, de Crocus), o cravinho, o coentro, o gengibre, o cominho, a pimenta e o alho. Existem ainda misturas de temperos muito populares e tipicamente magrebinas ou do Médio Oriente, como ras el hanout, harissa, baharat e za’atar. Claro que os refogados e os temperos de saladas têm como base o azeite. Uma especialidade argelina é a merguez, uma salsicha muito condimentada.

Em termos de bebidas, a Argélia é conhecida por produzir bons vinhos, como Medea, Mansourah and Mascara, mas os argelinos, maioritariamente muçulmanos, utilizam várias preparações à base de leite, embora o chá com hortelã e o café também sejam populares. Uma outra bebida típica desta região é o leite-de-amêndoas, conhecido desde a Idade Média a toda a volta do Mediterrâneo. Outras bebidas locais são acir, uma bebida à base de citrinos e khchaf, um sumo de frutas.

Com fotos e agradecimento a Cidália Varela e Brasília in Foco

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